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Vendas de Vinil aumentaram em 2013

Típica loja de discos dos anos 60

Artigo bem legal sobre o aumento nas vendas de vinis novos nos últimos dois anos lá fora. Na verdade isso só comprova o que a gente já sabe faz tempo: A qualidade do som analógico é imbatível. O CD, que era o sonho do som cristalino, levou uma rasteira dos programas compartilhadores de arquivo e o resto é história...




A ressurgente indústria do vinil está crescendo em contraste com a digitalização da música. Está remodelando nosso apreço pelos valores arraigados no disco físico e nas lojas de disco independentes. Eu bati um papo com dois gigantes das lojas de disco e um ávido colecionador de vinil para saber mais sobre este modelo de negócio altamente especializado.

Música digital tem continuamente ameaçado os negócios com vinil, afetando as vendas e as lojas de disco. No entanto, a existência de toca-discos e colecionadores apaixonados em todo o mundo demonstra como a indústria do vinil formulou sua estratégia de negócios conforme o nicho de mercado que existe promovendo algo único, antigo e significativo. Todo ano, quando a Nielson Company & Billboard lança seu relatório anual da indústria da música, é possível ver vinis reaparecendo. Apesar do aumento nas vendas de álbuns em lojas de música digitais, o vinil tem continuado sua improvável ascensão; as vendas incharam 17,7% e atingiram 4,6 milhões em 2012, mais um recorde pelo quinto ano consecutivo.

Essas estatísticas demonstram a preferência dos consumidores por algo tangível. De acordo com Adam Lewis — um assumido nerd e comprador de vinil — música digital tem “muito menos substância física; você não precisa fazer muito por ela, nem vivencia além da música em si.” Adam acredita que o “artefato físico de [um vinil] e a experiência de colocar um disco em vez de apenas um par de cliques” é uma imensa energia que revitalizou a indústria, que outrora se debatia. Ele diz que esse elemento físico, para o vinil, é o que faria alguém preferir comprar um disco a adquiri-lo no iTunes. O ritual, ou a prática de ouvir música ativamente é uma das principais razões para os fãs da música permanecerem fiéis ao vinil.

O curioso sobre o vinil, como Adam destaca, é que ele opera em contraste direto com os desenvolvimentos tecnológicos modernos em música. Jonathan Lloyd, gerente da loja de disco Title, em Crown Street, Surry Hills, acredita que a loja de disco seja “um lugar a se explorar”, onde é possível passar horas vasculhando bibliotecas musicais. Isso cria o valor único e tangível para essas lojas de disco, desviando do processo de compra de música digital, incentivando “essa coisa de contato entre as pessoas”.

Stephan Gryory, dono da The Record Store, em Surry Hills, descreve esse movimento digital como revolução da informação que está mudando o formato da indústria da música em se transferindo tudo para formato online e perdendo a real presença. “Como todas as nossas compras estão se tornando online, o que os lojistas precisam prestar atenção — e não apenas as lojas de música, mas todos eles — é no serviço”. Isso é o que Stephan acredita ser a principal estratégia de negócio para manter a indústria de discos de vinil viva. As pessoas gostam do processo íntimo de comprar o disco, um aspecto da indústria do vinil que tem incentivado a tendência à ascensão.

Stephan está firme na crença de que vinis continuam a vender e sempre terão mercado por causa da incomparável qualidade de som. Ele destaca quantos da geração Y cresceram com o MP3 onipresente e inconscientemente aceitaram a má qualidade de som. “A informação digital pertence às nuvens, enquanto o vinil é informação analógica impossível de reproduzir na Internet”.

Como a qualidade de som é um fator de influência, o vinil, como item de colecionador, continua a atrair muitos novos entusiastas, com a edição limitada de 12 polegadas, ou os 45 RPM do início do século XX sendo perseguidos por entusiasmados fãs da música. Lloyd acredita que as pessoas estejam começando a colecionar novamente como “reação contra a intangibilidade do download” e Stephan reconhece que o fato de o vinil ser colecionável faz do disco um objeto insubstituível. Colecionar vinis e criar um espaço para exibir sua coleção é visto como reflexo de sua personalidade e bom gosto.”

Lewis concorda. “Os fãs da música gostam de comprar, possuir e colecionar discos, e virar nerd; e são eles que impulsionam o crescimento.” Com mais aspectos da vida tornando-se digital, onde nossas coleções on-line serão perdidas a medida que a inovação tecnológica é suplantada, precisaremos de algo tangível para “restringir o espaço e mostrar caráter”, diz Stephan; e segundo Jonathan, “para transmitir aos nossos filhos”.

Obviamente, não há a mesma quantidade de toca-discos quanto há de leitores de CD em todo o mundo, mas ainda há um mercado que compra, ouve e coleciona discos de vinil. “Sempre haverá curiosidade”, diz Jonathan, e lojas de disco capitalizam a experiência muito diferente que o vinil oferece à moderna tecnologia digital, incentivando jovens a tornarem-se bem mais envolvidos com a experiência do vinil. Stephan observa que antes interessados no rápido e fácil download on-line, os jovens estão percebendo a falta de intimidade no comprar e no ouvir a música e estão procurando um novo meio de transmissão e comprando experiência.

Mas será esse aumento da popularidade do vinil apenas um exemplo de quando o “velho” se torna valioso e novo? “Muitas pessoas estão entrando nessa onda agora porque [o vinil] é legal, mas não é grande porque é legal, é legal porque ficou grande novamente”, observa Stephan. Os jovens estão buscando um relacionamento mais profundo com a música e estão cada vez mais migrando para as lojas de discos — “esqueça o digital; eles se apaixonaram por vinil no momento em que descobriram o que era.” Jonathan acredita que sempre haverá um formato físico. “É mais ou menos como a indústria do livro. Há muitas livrarias fechando, mas as que permanecem abertas são as mais especializadas e que oferecem os mais interessantes produtos.”



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